Ao dormir aos quarenta e cinco anos e despertar vinte anos depois, um homem descobre que o tempo pode desaparecer - e, com ele, tudo o que dava sentido vida. A mulher, os filhos, o corpo, a juventude - tudo ficou em algum lugar onde a mem ria j n o alcan a.
Entre o espanto e a resigna o, percorre os escombros do pr prio passado em busca de um sentido que o tempo apagou. O mundo mudou, os rostos mudaram, at as palavras parecem falar outra l ngua. O tempo, agora, uma mat ria estranha, feita de lembran as que se confundem com sonhos.
Ent o, o real e o on rico se entrela am numa medita o sobre o absurdo da exist ncia, a solid o do envelhecimento e a delicada persist ncia do amor. Inspirado por ecos de Camus, Sartre e Kafka, o livro uma viagem ao cora o do nada - onde o sil ncio das coisas revela, por contraste, a ternura tr gica de ainda ser humano.
Porque, talvez, s as pedras sejam inocentes.