O camaleao

By Mr Branco Almeida

PR LOGO Se a semente da eternidade n o tivesse sido lan ada em nossos cora es enquanto ainda ramos crian as e brinc vamos nos jardins do para so por algo ou algu m que pudesse lhe garantir o devido lastro, hoje, todos n s, homens e mulheres que caminhamos sob o sol, encarar amos a vida, n o como sendo esse tecido fino e sem fim que o objeto de estudos da esperan a, mas sim, como uma doen a terminal que contrair amos ao assumir a consci ncia do existir. Vagamos por muitos caminhos dentro e fora das esferas do nosso parco entendimento buscando explica es que, de forma segura, nos apresentassem com clareza essa certeza velada de eternidade que nos faz seguir em frente mesmo com todas as adversidades que nos cercam e que, por experi ncia, nos mostram que somos ef meras sombras ao sol e que, como sombras, estamos sujeitos ao humor das nuvens que podem, a qualquer momento, impedir que os raios da luz solar nos tornem vis veis aos olhos da realidade. Talvez n o exista um lugar na terra, onde se encontre de forma palp vel, uma prova da exist ncia desse elo perdido entre a humanidade e sua origem divina; talvez, at exista, mas a verdade que at o presente momento, ningu m conseguiu descobrir uma evid ncia que possa ser exposta ou, simplesmente, mesmo que de forma fugaz, ser tocada pelas m os, desvendando assim, todos os passos dessa nossa, porque n o dizer, deliciosamente amarga caminhada pelos tempos. Muito embora n o possamos perceber, n o por descuido ou por qualquer outra forma de desleixo da nossa parte e sim, por uma esp cie de prote o que se ativa em nossas ess ncias logo assim que deixamos as bordas do para so, as portas para descoberta de todos os mist rios se encontram logo atr s dos nossos olhos e n o diante deles. Esse filtro protetor nos permite, inicialmente, abrir somente as passagens que se encontram ao alcance dos olhos, pois essas garantem a sobreviv ncia da carne e, se sobrevivermos s lutas f sicas, preservando a pureza do cora o, conquistamos o poder de, ainda nessa parte dos tempos, acessar as partes do livro sagrado onde encontram-se escritas nossas cr nicas e, o que mais fant stico ainda, s vezes, mas somente, s vezes, conquistamos o direito de escolher o final, n o de nossas hist rias, mas o final dessas narrativas curtas que as comp em e, de maneira inexor vel, contribuem para seus desfechos finais; finais porque n s humanos temos essa coisa de Shiva, de insistirmos que algo s possa ter um recome o quando um final acontece, mas ...infelizmente, ou felizmente, n o sei, poucos de n s percebemos as portas dessa realidade al m do f sico e, dos poucos que s o agraciados com essa percep o, a grande maioria fica presa pelas correntes do constrangimento invis vel que amarra os passos dos que se atrevem longe das rbitas pensada para as multid es... N o, a vida n o era uma doen a terminal, havia acabado de perceber isso de maneira incontest vel; sim, eu poderia mexer nos fragmentos e alterar os corpos das cr nicas de uma maneira que esses pequenos ajustes alterassem suas conclus es e, me tornassem assim, n o o portador de um voar pernicioso ou in cuo pelos dias, mas uma nave com o poder de espalhar not cias da eternidade. Bastaria que eu come asse a procurar por mim mesmo, dentro de mim mesmo e, sem possibilidade de errar, encontraria as marcas do meu Criador, era como se, de repente, eu tivesse descoberto meu pr prio manual de fabrica o e, num processo de tecnologia reversa, pudesse reconstruir-me sem uma nica falha.

• Format: Paperback
• Language: Portuguese
• ISBN: 859248846X
• ISBN13: 9788592488468
• Release Date: September 2018
• Publisher: Branco Almeida
• Length: 92 Pages
• Weight: 0.30 lbs.
• Dimensions: 0.2" x 6.0" x 9.0"