Havia um homem que era conhecido simplesmente como "o Conselheiro". Ele percorria as ruas, parando para conversar com todos que cruzavam seu caminho. Seu dom era a sabedoria, e ele sentia um impulso incontrol vel de compartilhar essa sabedoria com as pessoas, uma a uma.
Com o tempo, o Conselheiro desenvolveu o h bito de observar as pessoas antes de oferecer um conselho. Ele parecia captar, com uma esp cie de sensibilidade agu ada, o que cada um precisava ouvir. s vezes era uma palavra de incentivo, em outras, uma advert ncia, e, em certos momentos, apenas o sil ncio - mas sempre uma resposta que tocava a pessoa de alguma forma.
Dia ap s dia, o Conselheiro seguia com essa miss o autoimposta. Sua vida se transformara em uma busca por oferecer paz a quem quer que precisasse, mas, de alguma forma, ele pr prio continuava inquieto. At que, um dia, em meio a uma multid o, ele percebeu algo diferente. Talvez fosse o cansa o ou simplesmente o ac mulo de tantas vidas que haviam passado por ele. Sentiu, ent o, que talvez n o precisasse oferecer conselho algum. Aquela inquieta o constante deu lugar a um raro momento de sil ncio interior.