Desde 1982 que o autor se dedica predominantemente ao estudo do Estado Novo de Salazar, tendo trabalhado antes, ou em simult neo, sobre temas como o liberalismo e a contra-revolu o, a Restaura o, a Historia da Hist ria e a Hist ria da Universidade. Para al m de alguns livros sobre o Estado Novo, foi escrevendo v rios artigos, publicados em Portugal e no Estrangeiro. Foi com base neles e em textos escritos para as aulas de um semin rio sobre o mesmo tema, lecionado durante v rios anos, que escreveu este livro. O seu t tulo Estados Novos, Estado Novo tem uma raz o fundamental. Considera-se que os v rios movimentos que se cruzaram e convergiram no Estado Novo de Salazar tiveram uma conce o do que deveria ser "o seu" Estado Novo. O mesmo se passa se compararmos o Estado Novo de Salazar com outros "Estados Novos" que se formaram na Europa e que procuravam uma via diferente do Estado demoliberal ou dos Estados comunista ou socialista. Assim sucedeu com o fascismo italiano ou o nazismo alem o, cada um com a sua hist ria, sendo de notar que o nacional-socialismo se formou a partir de uma no o de "Ra a" e de Imp rio Alem o, com um arreigado anti-semitismo, que conduziu "Solu o Final" e ao "Holocausto", criando a ideia de que ele constituiu o nico e verdadeiro "totalitarismo". Ao longo de quatro partes, o autor procurou, nos seus cap tulos, a maioria resultante dos artigos citados, caracterizar o "Estado Novo" e os "Estados Novos", mostrando a rela o entre aquele e estes, nos aspetos pol ticos e culturais, distinguindo o conceito propagand stico de "originalidade" do regime de Salazar do conceito objetivo de "identidade", que na verdade caracteriza cada uma das conce es e das pr ticas de "Estados Novos".
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