Cl ssico esquecido e urgente, Escritos Judaicos re ne os ensaios em que Moses Hess-pioneiro do socialismo judaico e autor de Roma e Jerusal m-reformula, com vigor filos fico e sensibilidade hist rica, a presen a do juda smo na modernidade. Em di logo com a Revolu o Francesa, com a cr tica b blica e com a ci ncia do s culo XIX, Hess insiste que religi o, tica e vida social n o se separam: a f s se cumpre como justi a, direito e solidariedade. Esta edi o traz textos decisivos sobre a unidade do juda smo em tempos de "anarquia religiosa", a confian a dos anawim (os humildes) diante das tempestades do presente e uma leitura instigante do Salmo 82, que recoloca a quest o do monote smo em contexto hist rico. Em diversos momentos, Hess conversa com seu livro mais c lebre, Roma e Jerusal m, antecipando e aprofundando temas como emancipa o pol tica, renascimento nacional e responsabilidade social. Com introdu o e organiza o de Theodor Zlocisti, a colet nea apresenta um Hess ao mesmo tempo polemista e pedagogo: claro, direto, cr tico do pietismo est ril e das "reformas vazias", e confiante de que a regenera o religiosa passa pela reorganiza o social. Moses Hess (Bonn, 21 de junho de 1812 - Paris, 6 de abril de 1875) foi um precursor do que mais tarde se chamaria sionismo. Foi companheiro de Karl Marx, Friedrich Engels e Ferdinand Lassalle. Em Roma e Jerusal m, Hess argumenta que o "problema judaico" n o apenas religioso ou social, mas nacional. Contra a aposta assimilacionista da Europa do s culo XIX ("Roma"), ele defende a renova o nacional judaica em Jerusal m - um renascimento cultural, lingu stico e tico-social no pa s de origem, alicer ado em trabalho produtivo (especialmente agr cola), coopera o e justi a social.
Ideias centraisRoma Jerusal m (met foras):
Roma simboliza a civiliza o ocidental assimiladora (o universalismo imperial/cat lico, a promessa de cidadania que dissolve identidades). Jerusal m simboliza a voca o hist rica de Israel: monote smo tico, solidariedade social e vida nacional pr pria.
Diagn stico de poca:
A emancipa o jur dica na Europa n o eliminou o antissemitismo moderno; a assimila o cobra o pre o do apagamento nacional e n o garante seguran a nem dignidade coletiva.
Proposta de solu o:
Restaura o nacional na terra hist rica (ent o sob o Imp rio Otomano), com assentamentos agr colas, coopera o econ mica e institui es comunit rias - uma via nacional e social (o que Hess chama de socialismo tico).
Religi o e sociedade:
A religi o b blica cumpre-se como vida social justa; messianismo n o fuga para o al m, mas tarefa hist rica de liberdade, igualdade e fraternidade.
Cultura e l ngua:
Reviver hebraico, tradi es e educa o pr prias para reconstruir um centro cultural capaz de irradiar dignidade ao povo disperso.
Cr tica ao economicismo puro:
Antecipando debates com socialistas de sua gera o, Hess sustenta que classe n o esgota na o; h uma dimens o hist rica e cultural irredut vel.
Tom e forma:
Escrito em forma de cartas, combina erudi o, pol mica e apelos pr ticos - um manifesto para a o nacional com fundamento moral.
Antecipou o sionismo pol tico (antes de Herzl) e influenciou leituras posteriores da quest o judaica.
Oferece um raro entrela amento de tradi o b blica e teoria social, propondo que a regenera o religiosa exige reorganiza o social.
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