A poesia a linguagem da Natureza. Ela, e somente ela, capaz de expressar a similaridade estrutural das coisas. Melhor, a similaridade da organiza o do mundo, atrav s das met foras e das imagens que produz.
O mundo hoje, calcado em imagens - tipo de linguagem que produz mensagens em segundos e at mil simos de segundos - necessita ainda mais de poesia, ao contr rio do que em geral se pensa. E por qu ? Exatamente por isso, pelo fato de somente a poesia poder descrever em poucas palavras tudo ao seu redor, todo o referencial expresso em algumas palavras.
A poesia capaz de unir realidades opostas numa nova realidade - um caminho, uma solu o, uma op o, uma proposta... A poesia l gica, uma outra l gica, n o-linear, sobre a qual o mundo est constru do porque a met fora pertence ao mago do simples estar vivo.
Em Cotidiano Breve , a poesia mais que o olhar do poeta para os momentos da exist ncia. Cada poema um recorte cr tico, ir nico, s vezes c nico da realidade, al m de l rico sem perder o foco essencial da arte po tica, sem esquecer a beleza da palavra e das imagens e da ars poetica em todas suas formas de express o.Das formigas enfileiradas pelo muro s Quatro velhinhas no supermercado , do espa o interior das mem rias vividas e passadas aos espa os c smicos futur sticos e os urbanos, tra o recortes e flashes desta nova complexidade contempor nea, fazendo de Cotidiano Breve um lbum de retratos do mundo atual, instant neos desta segunda d cada deste novo mil nio.
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